Há um ano e meio, a Amazon anunciou sua intenção de adquirir a iRobot, conhecida por seus robôs aspiradores Roomba. Essa aquisição de US$ 1,4 bilhão, porém, está oficialmente cancelada, desencadeando uma série de consequências para a iRobot.
A expectativa era que o negócio enfrentasse algum escrutínio regulatório, mas a intensidade da resistência surpreendeu muitos. O acordo já havia sido aprovado por órgãos reguladores internacionais, incluindo no Reino Unido. Contudo, a postura recente da União Europeia contra fusões e aquisições percebidas como anticompetitivas foi decisiva para o fracasso do acordo.
Esta manhã, a iRobot anunciou a demissão de 350 funcionários, quase um terço de seu quadro total, enquanto Colin Angle, CEO de longa data, renuncia ao cargo. Angle destacou a importância da inovação da iRobot e expressou decepção com o término do acordo com a Amazon. Apesar disso, reforçou o compromisso da empresa com o futuro, focando na continuação do desenvolvimento de robôs e inovações inteligentes para o lar.
As consequências desse cancelamento já são sentidas pela iRobot, que passou por duas rodadas de demissões. Em julho do ano passado, a Amazon reduziu o preço de compra de US$ 1,7 bilhão para US$ 1,4 bilhão, enquanto a iRobot anunciava um levantamento de US$ 200 milhões para manter as operações após a expectativa do fechamento do negócio.
Angle mencionou um "ambiente hipercompetitivo", destacando a necessidade de novos recursos financeiros em meio a dificuldades que antecederam o anúncio da aquisição. Isso também reflete a intensa análise regulatória em torno do acordo.
Entre as preocupações levantadas, a primeira, embora menos discutida, foi a privacidade. Os Roombas possuem capacidade de mapeamento, e a Amazon já enfrentou críticas sobre sua decisão de oferecer
Comentários
Postar um comentário